Pelo segundo ano consecutivo, as comemorações do tradicional São João deverão ficar restritas ao núcleo familiar. Sem poder aglomerar e com a publicação do decreto estadual proibindo festejos juninos e fogueiras, os parnamirinenses já se conformaram e irão passar a véspera de São João – 23 de junho, apenas com a família, numa comemoração intimista, mas com a saborosa culinária de época.

Ao percorrer a cidade na manhã de hoje, 23, a equipe do GiraRN pode constatar que a procura por artigos e comidas típicas do mês de junho continua em alta no comércio de Parnamirim. “Não vai ser como estávamos acostumados, mas também não vamos deixar passar em branco por causa da Covid. Uma mesa recheada de comidinhas boas vai ter”, disse Flaviana Silva de Oliveira, moradora de São José de Mipibu que veio a Parnamirim comprar uma roupa matuta para a filha.

Há 30 anos, no mercado de fogos de artifício e roupas típicas de São João, seu João Maria Gabriel desabafa “As vendas não estão como gostaríamos, mas estão melhores que no ano passado”, disse o vendedor, informando que a procura maior é por chumbinhos e chuveirinhos para a criançada.

Na parte externa do Mercado Municipal, a venda de milho atrai os parnamirinenses ávidos por comprar o principal ingrediente da canjica. “Pode não ter festa, mas canjica não vai faltar”, disse Célia Pereira, moradora do Jardim Planalto.

Por R$ 40,00, o parnamirinense estava conseguindo comprar 50 espigas de milho e, dessa forma, garantir as comemorações tradicionais do mês de junho. A esperança é de que no próximo ano possamos finalmente nos aglomerar numa grande comemoração de São João.