De joelhos, com as palmas das mãos unidas diante do próprio peito, em súplica à divindade. Estou diante de mais um dos MURAIS de Marlene Galvão – uma celebração às orações, a este estado permanente de contato com o sagrado, o supremo, a perfeição, o todo Onisciente, Onipresente, Onipotente. Ele se ergue em toda a extensão do altar. Brilha, reluz. Chama para a novidade permanente da vida que é a fé em Deus.

Na base do mural, as representações simbólicas do pão e do vinho sustentam a sacralidade dessa imensidão artística. Uma composição de velas erguidas para louvar, se inclinam em direção à cruz. São um manto que adornam o Credo Niceno:

Creio em um só Deus,

Pai todo-poderoso,

Criador do céu e da terra,

De todas as coisas visíveis e invisíveis

Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,

Filho Unigênito de Deus,

Gerado pelo Pai

Antes de todos os séculos,

Deus de Deus, Luz da Luz,

Verdadeiro Deus,

Gerado não feito, de uma só substância

Com o Pai; pelo qual todas as coisas

Foram feitas; o qual por nós

Homens e por nossa salvação,

Desceu dos céus, foi feito carne

Pelo Espírito…

E quando as portas da Capela São Pedro Pescador se fecham ele estará lá feito à imagem e semelhança do Criador – pela criatura Marlene Galvão. Rezemos.

                                                                                Ana Catarina Silva Fernandes