A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio RN) participou, ontem (25), de reunião com o prefeito de Natal, Álvaro Dias. Na pauta de discussão, os ajustes no Decreto Municipal, que implementou restrições para a área de eventos, além de alterações nos protocolos sanitários para os segmentos do comércio e de serviços em geral. De acordo com compromisso da Prefeitura, um novo texto será publicado até amanhã (26), liberando os eventos privados e revendo os protocolos.
Ao longo do dia, a Fecomércio RN recebeu empresários dos segmentos de turismo, eventos, bares e restaurantes, que debateram os impactos das medidas governamentais recentes. Estiveram representadas a Associação dos Produtores Culturais e Artísticos do Rio Grande do Norte (APCA RN); Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel); Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape); Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH RN); Natal Convention Bureau; Sindicato das Empresas de Turismo do RN (Sindetur RN); e Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do RN (SHRBS).
A Federação também tem buscado negociação com o Governo do Estado, reivindicando a extinção da exigência da cobrança do Passaporte de Vacinação nos shoppings centers do RN, bares e restaurantes, pleito que não foi atendido e que está impactando nas vendas destes estabelecimentos. A indicação do Governo é voltar a analisar o assunto nas próximas duas semanas.
A entidade se mostra extremamente preocupada ainda com a Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público e Defensoria do RN, que pede na justiça a proibição de eventos privados de massa no estado. Essa medida desconsidera todos os impactos negativos que este segmento vem sofrendo desde o início da pandemia, bem como a observação dos rígidos protocolos de segurança em vigor.
Uma das iniciativas analisadas pela classe produtiva é acionar a Justiça contra essa a Ação.
O presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, destaca que já são cerca de dois anos convivendo com a pandemia e seus desdobramentos, que trouxeram perdas irreparáveis para a economia potiguar e para sociedade como um todo. “Nosso compromisso, neste momento, deve ser garantir o não retrocesso do funcionamento das atividades econômicas. Para isso, é essencial a ampliação do serviço de saúde, em especial, das testagens, além do reforço de campanhas de vacinação para a população, quanto ao cumprimento do esquema de imunização”, afirmou.
A Federação reitera aos entes governamentais a necessidade de diálogo e garantias de continuidade do trabalho dos empreendedores que têm absorvido todas as novas exigências que oneram o custo operacional, desde o início desta crise sanitária. A classe produtiva tem atuado com responsabilidade, seguindo os protocolos de forma séria e responsável e trabalhado incansavelmente pela manutenção dos empregos.