Mulheres e crianças, sendo meninas e meninos de até 12 anos, que foram vítimas de violência sexual em Parnamirim, agora podem contar com orientação e atenção especializadas na Maternidade Divino Amor. Estamos falando do programa “Acolher”, que permite às vítimas, acompanhamento físico e psicológico, de maneira rápida e segura em um só lugar.
De acordo com Mariana Limeira, diretora clínica da maternidade, Parnamirim foi convidada a participar da implementação deste projeto e outros serviços em demais localidades no estado. O município se tornou referencia nesta área, por apresentar um diferencial, que é dar continuidade ao atendimento, importante para a superação, fortalecimento e resgate da cidadania das vítimas.
O trabalho é realizado em conjunto com o Ministério Público (MP) e as autoridades de segurança competentes. De início é realizado, todo o acompanhamento ambulatorial, pensando nas DST, inclusive HIV e anticoncepcional de emergência. As vítimas podem se dirigir imediatamente à maternidade, que funciona 24h, portas abertas, ou fazer contato no (84) 3645.5001.
Ao chegar ao local, as vítimas são recebidas por um equipe multiprofissional, formada por assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros e pela equipe médica. “Ou seja, terão acolhimento tanto do ponto de vista psicológico, como físico, além de análise ginecológica, no caso das mulheres e meninas”, destacou a diretora.
As vitimas também são acompanhadas nos momentos posteriores ao primeiro contato. Não somente na questão ambulatorial, mas vinculando-as na rede municipal para acompanhamento psicológico, com a preocupação, inclusive por uma busca ativa, para se certificar se de fato elas estão dando prosseguimento aos atendimentos adequados.
“Muitas vezes, o agressor é uma pessoa próxima e as vítimas têm muita dificuldade em dar continuidade ao processo. Esse é um dos grandes diferenciais que Parnamirim oferece, a possibilidade de um acolhimento completo e humanizado”, disse Marina Limeira.
É importante ressaltar que qualquer denuncia sobre casos de abuso ou violência sexual pode ser feita através do Disque 100.
Fonte: PMP
Texto: Saulo de Castro e Andrezza Barros
Foto: Ascom