Referência em saúde, serviço de excelência, acolhimento ao paciente e atenção multidisciplinar. É com o destaque a essas características, somadas ao fato de ser uma instituição filantrópica e aberta a todos, que a Liga Norte Riograndense Contra o Câncer chega, neste mês de julho, aos 73 anos, com uma história consolidada não somente no Rio Grande do Norte – onde se firma como a maior instituição de saúde do Estado – mas no país.

Desde o diagnóstico, ao tratamento, suporte e a atenção psicológica, o paciente da Liga é beneficiado com um atendimento multidisciplinar que busca oferecer o que há de mais avançado na medicina, aliado a uma visão humana e social. Para se ter ideia da quantidade de pessoas beneficiadas com os serviços prestados pela Liga, somente até maio deste ano foram realizadas mais de 51 mil consultas pelo SUS, por convênios e de forma particular e mais de 6.500 cirurgias, 19 mil ciclos de quimioterapia, 20 mil aplicações radioterápicas e milhares de outros tipos de atendimentos e procedimentos. Fechar o número total de atendimentos dos 73 anos é um desafio que supera milhões, mas a Liga está presente na sociedade como referência para gerações de potiguares.

A Liga é uma instituição sem fins lucrativos e foi criada em 1949, hoje sendo reconhecida como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) pelo Ministério da Saúde, tendo como pilares a prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos em suas quatro unidades hospitalares, três em Natal e uma em Caicó. Mas nem todos os seus serviços estão ligados à oncologia: um exemplo disso é o parque de exames de imagem – o maior do Estado – que atende ao público em geral e já realizou mais de 17 mil ultrassonografias, por exemplo, entre janeiro e maio deste ano.

O superintendente da Liga, Dr. Roberto Sales, destaca que a instituição, na condição de maior na área de saúde no RN, se posiciona de uma forma muito presente na vida de todos aqueles que precisam fazer qualquer tipo de tratamento para câncer, ou ainda que precisem de exames de imagem de alta precisão. “Qualquer paciente que procure a instituição é muito bem atendido e tem um resultado positivo bastante intenso”, destaca.

Ele explica que o apoio da Liga transcende o período de tratamento médico, no caso dos pacientes com câncer. “Tão importante quanto salvar vidas é acompanhar os pacientes que estão em tratamento e os que são portadores de câncer, mas sem a doença em atividade. São pacientes que estão bem, mas continuam precisando do apoio da instituição, e seu número vem crescendo ano após ano com o envelhecimento da população”, ressalta.

Formação de profissionais e atuação em pesquisas internacionais

A história de êxito da Liga quando se trata de salvar vidas vai além do atendimento médico e cirúrgico. A instituição conta com o Instituto de Ensino, Pesquisa e Inovação que tem como prioridade produzir e compartilhar conhecimento; promover e incentivar a investigação científica; e estimular o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas na área da saúde.
O Instituto desenvolve desde programas de residência e pós-graduações médicas e multiprofissionais, até cursos, estágios curriculares e eventos. Um dos seus destaques é o Centro de Pesquisa Clínica (CPC) que tem 15 anos de relevância e renome nacional e internacional em pesquisa oncológica. Trata-se de uma unidade de pesquisa dedicada à investigação nessa área e conta com uma equipe multidisciplinar, especializada e altamente qualificada, tendo como principal objetivo a atenção individualizada de cada paciente participante das pesquisas e um corpo de investigadores clínicos atuando em parceria técnico-científica regulamentada na área oncológica, desenvolvendo todas as etapas de um estudo clínico.

Compromisso com o melhor

Para o coordenador executivo da Liga, Dr. Luciano Luiz, é desafiador prestar um serviço filantrópico de excelência reconhecido em todo o Brasil. “O maior compromisso da Liga é levar a todos, sem distinção, o melhor em assistência à saúde, com foco em Oncologia. Seja SUS ou convênio, todos terão acesso ao mesmo tratamento. É essa a razão da nossa existência, somos antes de tudo filantrópicos”, declara.

“Claro que levar ao SUS um tratamento de excelência é um desafio enorme, porque não recebemos remuneração para tal. Então precisamos atender convênios particulares como forma de gerar receita complementar para manter o padrão de qualidade. Para isso, precisamos melhorar cada vez mais. Uma coisa alimenta a outra e a sociedade sai ganhando”, complementa.

O médico ressalta a importância das doações para a sobrevivência do importante trabalho da Liga. “Ainda assim, a conta só fecha com doações. A Liga, apesar de ser uma organização de direito privado, não pertencer ao estado, é um bem público, todos precisam ajudar de alguma forma”, diz o médico oncologista.

Já o superintendente, Dr. Roberto Sales, destaca que a Liga segue com muitos planos para os próximos anos. “Temos que sonhar alto, porque para tratar do paciente com câncer, que tem toda uma aura de sofrimento, é necessário trabalhar para fazer desse hospital o melhor centro, sempre com o pensamento positivo”, finaliza.