Em tempos de pandemia, todo cuidado é pouco para nos mantermos protegidos do novo Coronavírus. No entanto, não devemos esquecer de outro vilão, que também pode ser fatal, o Aedes aegypti, causador de arboviroses como a dengue, a Chikungunya e a Zika.

Neste período chuvoso, os cuidados precisam ser redobrados e para combater essa ameaça, a Prefeitura de Parnamirim, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesad) está utilizando uma nova metodologia, denominada Ovitrampa, que permite um melhor monitoramento a respeito da incidência do mosquito.

As Ovitrampas, consistem em pequenos recipientes com palhetas de eucatex, água e larvicida biológico, onde as fêmeas dos insetos depositam os seus ovos., funcionando como verdadeiras armadilhas, pois simulam o ambiente perfeito para a procriação do mosquito.

A nova metodologia começou a ser implantada no final do ano passado, a partir de uma parceria com o Ministério da Saúde e a Fiocruz, da qual o município foi uma, entre cinco cidades do país escolhidas para participar.

No município, já existem 122 equipamentos instalados em pontos estratégicos. Cada Ovitrampa está instalada com um raio de 600 m² entre elas e são georreferenciadas, ou seja, é possível saber exatamente onde cada uma está situada.

De acordo com Kleyton Araújo, Coordenador da Unidade de Vigilância de Zoonoses, esse sistema é bem mais eficiente, pois permite um mapeamento e um monitoramento semanal, proporcionando ações mais focadas e direcionadas. Além disso, as operações de campo para o monitoramento por meio dessa ferramenta são mais simples, rápidas e mais econômicas.

O coordenador destaca ainda que o novo método já está em funcionamento em 17 bairros, o que representa um cobertura de 68% de todo o município. Quando atingir 100% de alcance, cada bairro terá uma cobertura completa, compreendendo cada uma, uma área de alcance de 300m².

Na prática, o uso das Ovitrampas torna o trabalho de combate às arboviroses mais fluido e mais direcionado. As “armadilhas” são substituídas semanalmente, permitindo a análise dos dados coletados periodicamente. “Quando nossas equipes saem às ruas, elas sabem exatamente para qual ponto se direcionar, pois com a coleta dos dados é possível identificar qual área possui maior incidência de vetores. Isto otimiza tempo e trabalho”, destacou Kleyton Araújo, que acrescenta que desde que começaram a ser utilizadas, as Ovitrampras já proporcionaram o descarte de mais de 66 mil ovos. 

As Ovitrampas são instaladas em residências, o que gera um trabalho de conscientização e educação com a população. “Para que o trabalho seja eficiente, a participação da população é muito importante. Antes dos equipamentos serem instalados, as nossas equipes orientam os moradores que eles também precisam cuidar daquele material e que essa parceria é fundamental para que possamos alcançar bons resultados”, explicou o coordenador. 

É Dengue, Zika ou Chikungunya? 

Dengue: o primeiro sintoma da Dengue é a febre alta, entre 39° e 40°C. Tem início repentino e geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira no corpo. Pode haver perda de peso, náuseas e vômitos:

Chikungunya: também de início súbito de febre, que pode ser alta, porém menor que no caso de Dengue, dor muscular e nas articulações (estas são mais exuberantes que em Dengue e Zika), dor de cabeça e exantema (erupção na pele). Os sinais costumam durar de 3 a 10 dias.

Zika: tem como principal sintoma o exantema (erupção na pele) com coceira, febre baixa (ou ausência de febre), conjuntivite (olhos vermelhos sem secreção ou coceira), dor nas articulações, dor nos músculos e dor de cabeça. Normalmente os sintomas desaparecem após 3 a 7 dias.

Como posso evitar?

A melhor maneira de prevenir as arboviroses é evitar as condições propícias à proliferação dos insetos transmissores, ou seja, ambientes com água parada, onde os ovos do mosquito são depositados.

Fonte: PMP