Nem a chuva que ocorreu na manhã de sábado (12) em Parnamirim nem o sol escaldante que surgiu depois foram páreos para a equipe de Fiscalização de Descarte Irregular de Resíduos Sólidos. Mesmo com a precipitação nas primeiras horas da manhã, as viaturas foram a campo em busca de situações potenciais de flagrante de resíduos sólidos sendo depositados de forma inadequada, prática recorrente nas grandes cidades. Um dos objetivos da Comissão é combater de forma rigorosa o descarte irregular de entulhos provenientes de construções civis, considerado crime ambiental.

A equipe composta por servidores da Limpeza Urbana (Selim), Meio Ambiente (Semur) e Guarda Municipal (Sesdem) mapeou novas áreas potenciais de acúmulo de resíduos da construção civil (RCC) nos bairros do Parque industrial, Vida Nova, Passagem de Areia, Nova Esperança, Cajupiranga – loteamento Sonho Verde – e Parque das Árvores. O cenário encontrado mais uma vez foi preocupante sob vários aspectos.

O lançamento do material que sobra de reformas e construções direto no solo obstrui as vias públicas, favorece os alagamentos em dias de chuva, compromete a paisagem e o ecossistema da região, incentiva a formação de lixões em áreas de mata, contamina o lençol freático e, como se já não bastasse, ainda serve de abrigo para a proliferação de mosquitos vetores de doenças, como é o caso do Aedes Aegypti, popularmente conhecido como mosquito da dengue, mas que transmite também a febre amarela urbana.

Em uma das intervenções realizadas em Parque das Árvores, a equipe identificou materiais muito propícios para a sobrevivência do mosquito que é um verdadeiro inimigo do homem. Um desses materiais foi o que talvez seja o maior símbolo de recipiente quando se fala em água parada, o pneu. Para completar, a água acumulada ainda fica na sombra a maior parte do dia, tudo que o mosquito precisa. O descarte indevido de resíduos sólidos está longe de ser um problema só de tirar a beleza dos lugares onde foi depositado indevidamente, de limpeza urbana ou de meio ambiente, trata-se também de saúde pública, aquela da qual toda a sociedade depende. Conclusão: não é um problema só de quem comete a conduta ilegal, mas da população como um todo.

A equipe da Fiscalização de Descarte Irregular de Resíduos Sólidos se reúne semanalmente para planejar ações, ajustar as abordagens e mapear novos pontos potenciais de despejo em outros bairros. Na próxima semana, a equipe dará início ao trabalho de reunião junto aos condomínios da cidade. Na segunda-feira (14) será a vez de dialogar, expor a problemática e discutir soluções com os moradores do Bosque dos Pássaros, no Parque do Jiqui.

Fonte: PMP

Texto: Joel da Costa Camara Neto

Foto: Ana Amaral